Com o crescimento exponencial da energia solar no Brasil, mais de 50 GW de potência instalada até 2024, segundo a ABSOLAR, aumentam também as dúvidas entre quem deseja instalar um sistema em casa ou investir no setor. Neste artigo, vamos esclarecer as perguntas mais frequentes com base em fontes confiáveis.
1. O que é energia solar fotovoltaica?
É a conversão da luz solar em eletricidade. Os painéis captam a radiação e geram corrente contínua, que é convertida em corrente alternada por um inversor. Segundo o National Renewable Energy Laboratory (NREL), a eficiência média dos painéis varia entre 17% e 22% em aplicações comerciais.
2. Energia solar vale a pena financeiramente?
Sim. O retorno do investimento (ROI) para sistemas residenciais gira entre 4 e 7 anos, dependendo do consumo, região e incentivos. Após isso, a economia pode chegar a 80% na conta de luz por até 25 anos.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) estima que o payback médio nacional é de 5,7 anos.
3. Preciso de muito sol para que funcione?
Não. Ainda que regiões com maior irradiação tenham melhores desempenhos, painéis modernos funcionam bem mesmo em dias nublados. São Paulo, por exemplo, tem uma média de 4,5 kWh/m²/dia, mais que suficiente.
4. Posso zerar minha conta de luz?
Quase. A geração distribuída permite compensar toda a energia consumida com créditos. No entanto, a conta de luz inclui a Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD), que não pode ser zerada. Isso representa entre 20% e 40% da fatura.
5. Qual a diferença entre on-grid, off-grid e híbrido?
- On-grid: conectado à rede. Ideal para residências urbanas.
- Off-grid: independente, usa baterias. Mais comum em zonas rurais.
- Híbrido: combina ambos, com backup de baterias.
Cada um tem aplicações específicas. A maioria das instalações urbanas no Brasil é on-grid, segundo a ABSOLAR.
6. Qual o custo de um sistema?
O valor varia com base em consumo, região e tipo de telhado. Um sistema para uma casa com consumo de 500 kWh/mês custa em média R$ 20 mil a R$ 25 mil em 2024, segundo a Greener.
7. Posso instalar em qualquer telhado?
Sim, desde que tenha estrutura e inclinação adequadas. Telhas cerâmicas, metálicas e fibrocimento são comuns. Um engenheiro elétrico credenciado faz o dimensionamento e laudo técnico.
8. E se eu gerar mais energia do que consumo?
A energia excedente é injetada na rede e vira crédito com validade de 60 meses, que pode ser usado para abater em contas futuras ou em outras unidades da mesma titularidade (chamado de autoconsumo remoto).
9. Como funciona a manutenção?
Baixa manutenção. Os painéis precisam apenas de limpeza a cada 6 meses, dependendo da poluição ou acúmulo de poeira. Os inversores exigem inspeção anual. A vida útil do sistema é de até 25 anos, com garantia de desempenho dos módulos.
10. É possível financiar?
Sim. Há várias opções:
- Bancos públicos (Caixa, BNDES, Banco do Brasil);
- Bancos privados (Santander, Sicredi);
- Fintechs (Solfácil, Banco BV).
Alguns oferecem parcelamento em até 120x, com taxas a partir de 1% ao mês. Em muitos casos, a parcela é menor que a conta de luz anterior.
11. Quais incentivos ainda existem?
A Lei 14.300/2022 estabeleceu regras de transição até 2045, garantindo isenção de tarifas para quem instalou antes de 2023. Novos sistemas pagam gradualmente as tarifas de distribuição (TUSD fio B).
Além disso, o ICMS foi isentado em muitos estados. O PIS/Cofins também é zerado para geração distribuída.
12. Quais são os riscos?
- Sombreamento: árvores ou prédios podem reduzir a geração.
- Equipamento de baixa qualidade: pode comprometer o retorno.
- Mudanças regulatórias: possível alteração nas regras de compensação.
Mitigar riscos envolve contratar empresas com boa reputação e manter documentação técnica.
13. Energia solar aquece água?
Não. Isso é função dos coletores solares térmicos, usados apenas para aquecimento. Os sistemas fotovoltaicos produzem energia elétrica e podem alimentar chuveiros elétricos ou bombas de calor.
14. Posso vender energia?
Legalmente, consumidores não podem “vender” energia. O excedente é compensado por créditos. No caso de usinas compartilhadas (cooperativas), há divisão dos créditos entre os cooperados. Apenas empreendimento com outorga específica podem vender para o mercado livre.
15. Posso instalar sozinho?
Não. A instalação exige ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) de engenheiro eletricista e homologação junto à concessionária. Instalação irregular pode causar acidentes e inviabilizar conexão à rede.
16. Como saber se meu telhado é viável?
Empresas sérias fazem uma análise gratuita via imagem de satélite (Google Maps) e com visita técnica. Leva-se em conta:
- Inclinação e orientação;
- Espaço disponível;
- Sombreamento;
- Estrutura do telhado.
17. E se faltar luz na rede?
Sistemas on-grid desligam automaticamente por segurança (anti-ilhamento). Apenas sistemas com baterias (híbridos ou off-grid) mantêm energia em apagões.
18. Posso usar energia solar em apartamento?
Sim, por meio de:
- Sistemas coletivos no telhado do prédio;
- Consórcios ou cooperativas solares;
- Autoconsumo remoto com usina instalada em outro local.
O modelo depende da legislação do condomínio e autorização da concessionária.
19. Como escolher uma empresa de energia solar?
Avalie:
- Experiência (anos no mercado);
- Suporte pós-venda e garantia;
- Certificações e CREA;
- Avaliações no Google ou Reclame Aqui.
Empresas sérias cuidam da documentação, homologação e dão assistência ao longo da vida útil do sistema.
20. Energia solar é sustentável mesmo?
Sim. Apesar do uso de silício e metais raros na fabricação, o balanço ambiental é altamente positivo. Em média, um painel compensa sua pegada de carbono em 1,5 a 3 anos e pode operar por mais de 25.
A energia solar evita emissão de gases do efeito estufa e reduz a dependência de combustíveis fósseis.
Conclusão
A energia solar é uma solução acessível, eficiente e de baixo risco para quem deseja economizar na conta de luz e contribuir com o meio ambiente. As dúvidas comuns são legítimas, mas com informação de qualidade e fornecedores sérios, o investimento se mostra seguro e rentável.
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